Destrua este diário (Wreck this journal)
Keri Smith

Não é para ler… é para destruir!

Keri Smith, ilustradora e artista canadense, promete entreter o leitor de uma forma bem diferente e inusitada, sugerindo tarefas lúdicas que estimulam a criatividade e fogem do cotidiano convencional. As instruções do livro são simples e bem-humoradas, incluindo coisas como escrever uma palavra várias vezes, despejar café no livro ou calçá-lo como um tênis.
(fonte: www.intrinseca.com.br/site)

Solicitar o livro à editora me deixou, ao mesmo tempo, ansiosa e receosa. Ansiosa para descobrir exatamente do que se tratava, quais atividades esdrúxulas eram propostas – sabia apenas de algumas, cujo resultado vi em fotos no Instagram e vídeos no YouTube. E receosa por não ter certeza se eu, a típica leitora super-hiper-mega-cuidadosa com seus livros, seria capaz de efetivamente destruir o exemplar conforme proposto pela autora.

destrua este diário - capa

Afirmei num post anterior, que eu não rasuro, nem grifo meus livros com caneta marca-texto. E também não dobro o cantinho das folhas, nem uso as orelhas para marcar página – heresia máxima! E eu sabia que as atividades incluíam rabiscar, molhar, enfim, estragar o livro. Perturbador, não? Então, como lidar?

O primeiro passo foi encarar como um desafio e embarcar na brincadeira. Afinal, o intuito da autora foi – imagino eu – criar algo lúdico, que despertasse a criança em cada um de nós (inevitável clichê). E ela consegue. Em menos de dez minutos lá estava eu, munida de lápis, caneta, tesoura e cola, animada e “fazendo arte” feito a moleca de 5 anos que já fui um dia. Comecei pelas atividades mais “light” – pintar a parte externa de um círculo, desenhar uma linha contínua na página. Mas passado o primeiro impacto, a brincadeira toma corpo e me vi em seguida, rasgando folhas, amassando-as, molhando-as, rabiscando a lateral do livro, enfim, depredando-o. E o melhor de tudo, me divertindo.

20131204_110342[1]É ótimo para ser deixado na mesa de trabalho e abri-lo ao acaso entre uma tarefa profissional e outra, para dar aquela relaxada básica antes da próxima reunião estressante ou chata – ou ambos, em geral. Quanto bate aquela vontade de fazer uma pausa ou então quando temos de fazer algo totalmente inútil, mas divertido. Em suma, é para soltar a criatividade, dar vazão ao instinto de destruição que todos temos e ainda ficar satisfeito por conseguir cumprir as tarefas dadas pela autora. Há algumas mais “hard-core” que demandam certo grau de desprendimento que eu não sei se vou atingir.

Há diversos vídeos no Youtube, mostrando as peripécias dos leitores “detonando” o livro. Além de divertidos, são uma boa fonte de inspiração. O meu ainda não foi totalmente destruído, mas garanto que, ultrapassada a primeira barreira, a satisfação é garantida.

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Cristine Tellier
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