Fundação e Império
Isaac Asimov
O segundo volume da série Fundação de Asimov confirma o que foi dito quanto ao primeiro: sou fã deste cara. Peço perdão por começar a postagem assim, emotivo e tendencioso… Não é desta forma que se faz uma resenha. Mas, prometo, darei bons calços a esta paixão.
Neste volume, Fundação e Império, Asimov dá sequência à história que começou no primeiro. E, durante os capítulos iniciais, ele seguiu a mesma estrutura do volume anterior, onde cada capítulo é quase independente: um conto, que se inicia e encerra em si, mantendo-se, porém, amarrado a uma espinha dorsal que é a história principal. Entretanto, do meio do livro para frente, percebe-se que o autor muda e dá uma sequência contínua para os capítulos sobre um núcleo específico de personagens. Ou seja, o que eram contos fechados, passaram a ser uma cadeia de situações de um mesmo nicho da história. Tudo bem, nenhum demérito nisso. A qualidade da narrativa continua excelente.
Aliás, é intrigante como Asimov consegue compor a macro história de Fundação através das curtas histórias passadas nos capítulos, aproximando a lente dos micros acontecimentos.
A história mostra o quanto a Fundação (um projeto para criar um centro com todo conhecimento da galáxia) evoluiu tornando-se uma superpotência bélica, podendo transformar-se tanto numa ameaça quanto numa salvação para a galáxia, dependendo de quem estará em seu controle. Pois uma série de grupos luta com armas e ideais para controlar a Fundação. O império galáctico, contraponto ao poder da Fundação, está decrépito, conforme as previsões de Hari Seldon, o personagem icônico que é citado desde o primeiro livro.
Falando assim, soa como uma ficção fantasiosa, mas a verdade é que Asimov embasou sua obra com um excelente suporte científico e também dá aos conflitos políticos uma verossimilidade equivalente ao que vivemos hoje, no mundo real no cenário político mundial. E este é um outro fator que torna a série Fundação assustadoramente apaixonante: a possibilidade da ficção tornar-se realidade.Apesar do autor sempre trabalhar muito bem com pontos de virada e clímax intensos em cada capítulo, neste livro há um específico que me deixou de queixo caído. Para evitar spoilers não entrarei em detalhes, mas posso dizer que a condução do leitor é muito bem orquestrada. Leva-nos a desconfiar, mas, ao mesmo tempo, não levar a sério.
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