Post mortem
Patricia Cornwell

Um brilho inusitado sugere a presença de alguma sustância desconhecida no corpo de uma série de mulheres assassinadas. Mulheres saudáveis transformam-se em corpos inertes, assassinadas por prazer. Escassas e obscuras, as pistas não levam a lugar nenhum. A investigação dos crimes está sendo sabotada. A Dra. Kay Scarpetta, médica-legista, precisa ir muito além da identificação de um produto químico para chegar ao assassino. Precisa descobrir, por exemplo, quem está do seu lado e quem não está.
(fonte: Goodreads)

post-mortem

Já havia visto vários livros dessa autora em prateleira da livraria. Tinha uma vaga ideia de que se tratavam de livros policiais, mas nunca calhou de “cair” um em minhas mãos. Até que, em um curso, há alguns meses, o professor comentou que era viciado nos livros da série da Dra. Scarpetta e me deixou bastante curiosa para ler. A série é imensa, mais de 15 livros, se não me engano. Achei que seria melhor começar pelo começo e ler o primeiro.

A trama é bem construída, o leitor tem a mesma quantidade de informações que os personagens, o que nos incita a tirar nossas próprias conclusões também. Por “liberar” as dicas aos poucos, somos levados – assim como os personagens – a aventar várias possíveis teorias para descobrir em seguida que são falsas. O desfecho é condizente com as informações dadas no decorrer da narrativa, sem deixar aquela impressão incômoda de “ué! de onde saiu essa pista?” – algo infelizmente comum em algumas obras não tão bem estruturadas. Apesar de ser veementemente avessa a violência contra livros, Deus ex machina na resolução de um mistério é algo que justificaria atirar o livro pela janela de tanta insatisfação.

A investigação é entremeada com detalhes sobre os personagens. Apesar de fazer isso aos poucos, achei que em alguns trechos a autora se estendeu demais nas descrições. Mas é justificável – e perdoável – já que este é o primeiro livro em que os personagens aparecem e são apresentados ao leitor. Não li os livros seguintes ainda, mas provavelmente não devem sofrer com esse pormenor. Há que se descontar o fato de que eu sou avessa a muitas descrições, principalmente de personagens e cenários, mas gosto demais quando são detalhados todos os aspectos técnicos da investigação.

Para fãs desse gênero, é inevitável fazer comparações com outros autores. Não consegui evitar de pensar na Dra. Laurie Montgomery que, junto ao Dr. Jack Stapleton, ambos patologistas, protagonizam vários livros de Robin Cook – no meu entender, um dos melhores autores de thrillers médicos. Contudo, diferente de Laurie, a Dra. Scarpetta não tem a pretensão de bancar a detetive – ao menos não neste livro – , apesar de estar bastante empenhada em descobrir provas para identificar o criminoso.

scarpettaO livro foi publicado pela primeira vez em 1990 e, por conta disso, várias tecnologias utilizadas durante a trama soam ultrapassadas. Como espectadores (agora) habituados às traquitanas tecnológicas e aos expedientes científicos vistos em C.S.I., Criminal Minds, Bones e similares, arrismo-me a afirmar que a trama ficaria bastante encurtada caso os recursos atuais estivessem disponíveis na época em que se passa a história.

Enfim, é interessante notar que desde o primeiro caso da Dra.Scarpetta justifica-se o sucesso alcançado por toda a série. Não posso negar, deu vontade de ler todos os outros.

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Cristine Tellier
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