Final de ano. Natal chegando. Todo mundo (ou quase) puxando o freio de mão e diminuindo o ritmo de trabalho – ou ao menos tentando. E aqui no blog não é diferente. Para não ficar às moscas durante esse período, o jeito é optar por posts interessantes porém mais light, tipo as tags.
Esta eu vi no canal Estante Indiscreta. Foi criada pela Ju Gervason, do canal O batom de Clarice, e chama-se simplesmente “A TAG das 5 perguntas”.
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Em que livro gostaria morar?
Reinações de Narizinho.
Na verdade, poderia ser em qualquer um da coleção do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato.
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Que personagem gostaria de ser?
Fácil: Sherlock Holmes.
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Que livro você mudaria o final?
Laranja mecânica, de Anthony Burgess.
Sinceramente, eu seria ainda mais radical. Do mesmo modo que fez Kubrick ao filmar uma versão cinematográfica do livro, eu suprimiria o último capítulo. Acho-o um anti-clímax, além de um tanto incoerente com o restante da estória e com a personalidade do protagonista, Alex.[compre link=”http://migre.me/h5caL”]
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Que livro gostaria de ter escrito?
A sangue frio, de Truman Capote.
Quem não gostaria de, em pleno século XX, ser responsável pela criação, ou ao menos pela definição, de um gênero literário? O jornalismo literário nasceu pelas mãos de Capote com essa narrativa complexa, detalhada e visceral.[compre link=”http://migre.me/h5cfg”]
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Que título de livro considera o mais fantástico?
À sombra das raparigas em flor, de Marcel Proust.
E não é porque Em busca do tempo perdido está em evidência, devido ao centenário da publicação de seu primeiro volume, No caminho de Swann. Esse título me encantou desde a primeira vez que o li.[compre link=”http://migre.me/h5cgW”]
- Tony & Susan, de Austin Wright - 18 de fevereiro de 2022
- Só para loucos - 31 de janeiro de 2022
- Retrospectiva 2021 - 3 de janeiro de 2022
Oi Cristine!
Sobre o Laranja Mecânica, vejo como uma grande crítica à Psicologia Comportamental enquanto normatizante e com intervenções no sentido do enquadramento do sujeito. Nesse sentido considero o último capítulo pertinente, ou seja, ele mostra que não adiante utilizar técnicas para adequar o sujeito à norma cultural sem o risco de sérias consequências à sua subjetividade. Por isto os psicólogos costumam detestá-lo e os psicanalistas o têm como referência rsrsrs…
O "A Sangue Frio" é um dos meus preferidos. A narrativa do Capote nos permite sentir como se fôssemos nós a fazer as entrevistas.
Abraço procê.
oi Agna,
O que me incomodou no último capítulo de Laranja Mecânica foi a mudança súbita na atitude de Alex. Como se de um momento a outro ele “virasse hominho” e decidisse seguir o status quo voluntariamente. Se entendermos a terceira parte do livro como a passagem de Alex de adolescente irresponsável a adulto consciente, ao menos essa evolução deveria ter dado alguns lampejos antes do último capítulo. Posso estar totalmente enganada, mas dá até a impressão de ser alguma demanda do editor, que queria um final um pouco mais politicamente correto.
Assistiu ao filme que conta o período da vida de Capote em que ele escreveu esse livro? Philip Seymour-Hoffman está sensacional (como sempre).
Abraços!