As intermitências da morte
José Saramago
Comecei a ler há uma semana e mais uma vez Saramago conseguiu me deixar encantada com a sua prosa. Cada livro dele tem um estilo literário diferente, mas é sempre Saramago, sempre genial. Já tinha me encantado com o Ensaio sobre a cegueira, que ainda continua como o meu predileto… talvez eu mude de idéia ao terminar este. Tudo é possível, como nos livros de Saramago, a realidade travestida de fantasia, a crítica social, política, cultural embutida num enredo que surpreende a cada capítulo, envolvendo o leitor a ponto de fazê-lo carregar o livro para todos os lugares, sem querer interromper a leitura enquanto não chegar ao ponto final.
A personagem principal do livro é a morte, assim mesmo, com letra minúscula, como ela mesma se denomina. Partindo da premissa de que a morte resolveu “deixar de matar”, Saramago analisa todas as implicações que essa reviravolta causa no fluxo natural das coisas. O que acontece aos setores de uma sociedade num país em que ninguém mais morre?
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