O guia de sobrevivência a zumbis – Ataques registrados
Max Brooks

Comprei esta HQ por impulso dia desses. Não tinha o que ler a caminho de casa – ia de metrô e ônibus – e resolvi passar numa livraria para encontrar algo que me interessasse. Depois de percorrer duas vezes as prateleiras de ficção da Saraiva, fui dar uma olhada na seção de quadrinhos e achei esta casualmente jogada em cima de uma pilha de mangás – ah, esses clientes bagunceiros. Como estou lendo Guerra Mundial Z, e já estava pensando em comprar o livro anterior de Brooks – O guia de sobrevivência a zumbis – essa HQ veio a calhar.

guia de sobrevivencia a zumbis - capa

Curta, apenas 144 páginas, calculei que seria o suficiente para me ocupar durante o trajeto – e não me enganei. A edição, da Rocco, bem que poderia ter orelhas, trazendo mais informações tanto sobre a HQ quanto sobre o autor. E também sobre o ilustrador, Ibraim Roberson, que apesar do nome não indicar é brasileiro e vive em São Paulo. Fiquei surpresa e ao mesmo tempo positivamente impressionada ao pesquisar sobre ele e descobrir que é ilustrador de várias HQs da DC, Marvel, Boom! Studios, entre outras.

A HQ segue o formato de Guerra Mundial Z. Não há um protagonista nem uma trama que “amarre” a vida dos personagens. O que se tem são pequenas histórias em que se relatam ataques zumbis desde os primórdios da civilização. Desde a Idade da Pedra até quase os dias atuais, passando por Roma antiga, savanas africanas, tumbas egípcias, estepes siberianas, entre outras localidades e épocas.

O interessante é acompanhar não só o ataque zumbi, mas também a reação da população local, as explicações para a existência desses não-humanos, a descoberta da melhor maneira de eliminá-los, assim como cada um dos líderes enfrentou a ameaça em cada um dos eventos. Já que, em todas as vezes, os ataques não foram divulgados, a cada nova “aparição” dos zumbis tudo se repetia. Já dizia Edmund Burke:

“Those who don’t know history are destined to repeat it.”
(Aqueles que não conhecem História estão fadados a repeti-la).

As ilustrações de Roberson refletem bem o clima das estórias. Inteira em P&B, consegue ser impactante mesmo não fazendo uso do vermelho para encher os quadros de sangue e vísceras. A revista é curta, não há muito texto, mas a riqueza de detalhes nos desenhos é tamanha que dificilmente não se passam alguns minutos observando apenas uma página, principalmente os quadros de página inteira ou dupla.

Enfim, para quem curte zumbis, para quem curte Max Brooks, para quem já leu (ou está lendo) Guerra Mundial Z, esta é uma HQ que diverte, além de ser uma boa amostra do sarcasmo com que Brooks fala da sociedade moderna.

Merece um Macchiato
[rating=3]

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Cristine Tellier
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