»» versão do artigo “Comment écrire un roman épistolaire?”, escrito por Astrid e Aliciaz, publicado em 28/086/2014 no Edilivre ««

O romance epistolar e suas tradicionais trocas de cartas têm marcado cada vez mais presença nas obras contemporâneas. Que seja apenas um trecho do seu original ou um romance inteiro, hoje damos algumas dicas para que você se torne também um ás da correspondência!

romance epistolar

A história vem antes das cartas

Você está tentado a começar imediatamente a escrever uma série de cartas intensas? Pois bem, pode para agora mesmo! Antes de iniciar a correspondência, comece determinando o enredo da sua história, listando num rascunhos as características dos seus personagens e suas motivações. Visualizando com antecipação o fio condutor do seu romance, a escrita das cartas parecerá muito mais natural e espontânea, pode ter certeza!

Dividir as informações

Uma vez que você tenha definido a estrutura do seu romance, divida-a em contornos gerais numa linha do tempo e recorte-a em cartas. Algumas cartas serão mais essenciais que outras e você deverá então escolher o momento oportuno para encaixar cada uma delas. O importante é evitar qualquer incoerência, voltando no tempo ou mesmo esquecendo um detalhe fundamental. Para uma maior precisão, anote minuciosamente o desenrolar de cada carta, evitando erros de continuidade.

Dar ritmo

O desafio do romance epistolar é que as trocas de cartas participam efetivamente da ação! A forma de comunicação que você escolhe cria um ritmo, o tempo que as mensagens levam para chegar a seu(s) destinatário(s). Não esqueça também que o correio do século XVII demorava bem menos que atualmente… E está nisso toda a magia do romance epistolar! Você tem as cartas em mãos para jogar com os sentimentos de seus personagens, com as datas, mas também com a espera de uma resposta fundamental, que pode demorar alguns minutos, semanas, quiçá anos! A carta possui assim um papel principal dentro da sua história!

Representar mais de um papel

O romance epistolar é uma metalinguagem e, sobretudo, um diálogo escrito: endereça-se a uma ou várias pessoas, e cada um dos personagens vai tentar causar alguma impressão em seu leitor. Para criar trocas realistas, você deverá representar vários papéis e se impregnar das emoções de seus personagens, sempre utilizando códigos característicos a cada um deles: um estilo diferente, uma pontuação singular, uma abordagem mais familiar de acordo com o destinatário… Em suma, sua mensagem deve ser muito subjetiva! É você que tem de nos fazer sentir a presença do “eu” com todas as suas emoções… Para mais detalhes, não hesite em ler este artigo que esclarece as origens do romance epistolar.

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Cristine Tellier
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