»» versão do artigo “The 5 C’s of Writing a Great Thriller Novel”, escrito por James Scott Bell, publicado em 06/05/2014 no Writer’s Digest ««

Última parte do post publicado em 15/05/2014. Leia também a 2a., a 3a. e a 4a. partes.

storyteller - para escrever um bom thriller
foto: http://www.world-wide-art.com/

5. Comunicação

Os contadores de história originais compunham thrillers. Quando os heróis saíam para o mundo misterioso para enfrentar monstros, demônios e bestas gigantes, sua tribo indiretamente vivia a aventura. Mas havia algo mais – eles aprendiam a lutar, agir com coragem e sobreviver.

Os primeiros thrillers continham uma mensagem e ajudavam a manter a comunidade unida.
Leitores ainda procuram esse tipo de história. Então você deve gastar algum tempo se perguntando sobre o que realmente é o seu thriller. Ele oferece esperança por justiça? Dá um fim nas injustiças?

Em suma, o que o leitor vai extrair do seu livro?

Muitos escritores de thrillers aspirantes talvez vejam o gênero como direcionado à ação, evitando pensar sobre o tema (ou significado ou premissa). Eles preferem deixar que os personagens briguem, e deixam por isso mesmo. Não há nada errado com essa abordagem, desde que você perceba que você estará dizendo algo. Por que não fazer isso intencionalmente?

Aqui está um exercício que chamo de “The Dickens” (por causa de Charles e sua história sobre viagem no tempo, “Um conto de Natal):
Avance 20 anos depois do final da sua história. Seu protagonista está agora 20 anos mais velho e teve tempo para refletir sobre tudo o que houve na história que você contou. Agora você é um repórter, procura o personagem e pergunta: “Olhando para tudo que aconteceu com você, por que você acha que teve de passar por aquilo? Que lição de vida você aprendeu e pode compartilhar conosco?”

Deixe o personagem responder livremente, por tanto tempo quanto possível, até que você sinta que é suficiente.

Agora use suas habilidades para incluir essa lição no final da sua própria história, sem necessariamente usar palavras. Mostre Clarice Starling finalmente dormindo, os carneiros de seus pesadelos calados. Ou Harry Bosch em Luz perdida (N.T.: livro escrito por Michael Connelly), segurando nos braços pela primeira vez a filha que ele nunca soube que tinha.

Esses são momentos que transformam seu thriller em algo inesquecível.

maquina de escrever

Cristine Tellier
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