the duel

Os duelistas
Joseph Conrad

the duelDiferente do que gostaria de ter feito, assisti ao filme (leia o post) antes de ler o livro. Felizmente, neste caso, o filme não interferiu na experiência da leitura. Muito ao contrário, foi complementar. A caracterização dos personagens no filme foi totalmente fiel ao livro, não dificultando imaginar o ator como a representação cabal do personagem descrito por Conrad. Não só a caracterização, mas o roteiro do filme também manteve-se bastante fiel ao livro. Com exceção de uma ou outra “licença poética” tomada no roteiro – a amante de D’Hubert não existe no livro e o final é ligeiramente diferente – lê-se o livro visualizando as cenas do filme, sem tirar nem pôr.

Mérito de Ridley Scott e do roteirista conseguir traduzir para a película o dilema moral, a angústia e a obsessão dos personagens exatamente como o leitor imagina ser ao ler o livro. A defesa da honra, a atitude obsessiva e o absurdo que advém da situação criada em torno dos duelos são o fio condutor tanto do livro quanto do filme. Diferente da maioria das adaptações de livros para cinema, praticamente nada se perdeu da estória, nenhum detalhe importante. E o melhor, a essência da narrativa está presente no filme.

Não é meu livro predileto de Conrad, eu ainda prefiro Coração das trevas mas ainda assim é muito bom. Vale a leitura.

 

Cristine Tellier
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