50 maratonas

50 maratonas em 50 dias
Dean Karnazes

Terminei de ler durante as férias. A compra foi motivada principalmente para entender como alguém conseguiu correr 50 maratonas consecutivas e ainda continuar vivo e andando. Folheei o livro na Cultura e nas fotos ele parecia um cara normal, um corredor como qualquer outro, sem nada que o diferenciasse (nem fisicamente) da grande maioria dos maratonistas amadores. Como era possível?

50 maratonas

Leitura fácil, agradável, terminei em menos de uma semana. É interessante descobrir toda a logística envolvida para que ele conseguisse completar o desafio a que se tinha proposto. E a quantidade enorme de amadores que tentaram ser alguns dos poucos corredores que o acompanhariam nas maratonas “fora de data”, efetuadas durante a semana. Mas para mim, que pretendo correr minha primeira maratona este ano, valeu principalmente pelas dicas tanto de treinamento, como de alimentação e, principalmente, de como será o dia da corrida. Qual será o quilômetro crítico, em que ponto meu corpo tentará me fazer parar e como não escutá-lo e continuar correndo.

“(…) não passamos a maior parte da vida duvidando de nós mesmos, pensando que não somos bons o suficiente, não fazemos o certo? A maratona proporciona a oportunidade de encarar essas dúvidas. Ela tem uma forma de analisar o contexto de nossa própria essência, eliminando todas as barreiras protetoras e expondo nossa alma. A maratona diz que o prejudicará, que você ficará desmoralizado e derrotado como um amontoado inerte ao lado da estrada. Ela diz que não pode ser feita – não por você. Ah! ela zomba de você. Somente nos seus sonhos!

(…) Nas profundezas escuras da mente uma voz pessimista está dizendo: Você não consegue. Você se esforça ao máximo para ignorar essas insegurança, mas a voz não o abandona.
Na manhã da primeira maratona, a voz da dúvida se multiplica, tornando-se um coro completo. Na altura do quilômetro 30, esse coro está gritando tão alto que é só o que você consegue escutar. Os músculos doloridos e esgotados imploram que você pare. Você deve parar. Mas você não para. Dessa vez ignora a voz da dúvida; ignora aquele que diz que você não é bom o suficiente, e só ouve a paixão no seu coração. Esse desejo ardente diz para continuar, para colocar um pé audaciosamente à frente do outro, e em algum lugar você encontra a força de vontade para fazê-lo.
A coragem surge de diversas formas. Hoje você descobre a coragem para continuar tentando, para não desistir, por mais terríveis que as coisas se tornem. E elas se tornarão terríveis. Na marca do quilômetro 40, você quase não conseguirá mais ver o percurso – a visão se torna vaga e vacilante ao mesmo tempo que a mente oscila nos limites da consciência.
E então, repentinamente, a linha de chegada floresce à sua frente, como um sonho. Um nó se forma na garganta durante o percurso daqueles poucos passos finais. Agora, você finalmente consegue responder à irritante voz vom um inequívoco Sim, eu posso!

(…) Completar uma maratona é mais do que apenas algo que se ganha; um maratonista é alguém em quem você se transforma.”

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Cristine Tellier
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